Dias quatorze de março de 2003, as nove horas e trinta minutos da manhã...
Ao
acordar, depois de uma longa noite, contanto de minutos em minutos as
horas,levanto-me da cama, coloco o par de chinelos amarelos, e com a
roupa toda amassada, desci as escadas e revidei a minha avó, em frente
a janela, cortando finas e frescas fatias de pão, com um olhar neutro,
mas ao mesmo tempo feliz. Disse a ela:
-Bom dia vó!
E ela respondeu com um lindo sorriso:
-Bom dia, minha neta! Sente-se ali e aprecie o delicioso café-fresco..
Após nos sentarmos na mesa, e com o silêncio tomando conta, deustando lentamente os pedaços de pão disse a ela:
-Vó, você se lembra da sua infância?
Depois de minutos de silêncio, ela respondeu claramente:
- Bom, minha neta, a minha mente não revive as lembranças, só as fotos pretas e brancas que trazem o passado que a vida levou!
Quando
acabos o café, limpamos a mesa, lavamos os pratos e xícaras, estendemos
a linda toalha bordada a mão por minha bisavó sobre a mesa, e muito
rápida ela se virou e suplicou:
- Sente-se ali, e espere um pouco.
Após
ter me falado para esperar, entrou no corredor em direção à sala com
passos curtos e silênciosos; tirou um velho livro da estante de
madeira. Voltando, puxou a cadeira, sentou-se e falou:
-Essa é minha infância..
Eu
fiquei espantada com a pureza de ser criança antigament5e, e ali fui
virando, vendo e lendo, fotos e velhos recortes de jornais, de quando
pequena, um rastro deixado por ela e salvo.
Após passando as
páginas, me deparei com uma linda e encantadora foto no preto e no
branco, com uma mulher com um longo vestido florido e um hoem alto, com
um grande bigode e um chapéu tomado pela cor cinza e com muitas
crinaças em volta. pela curiosidade, perguntei pra ela quem era, e com
duas palavras, respondeu:
-Você os conhece!
Eu espantosa, respondi:
-Conheço!?
Ela
me respondeu que sim! E ainda me disse que eles eram meus quatros tios
e minha mãe, mas observando cada ponto de imagem, retomei a dúvida e
perguntei:
-Vó, ali aparecem 6 crianças!
E com um olhar triste, respondeu novamente:
-Esse é seu falecido tio, um anjo que não pode conhecer os dons da vida!
na mesma hora fechou o velho "álbum" e tornou a guarda-lo na estante. E a ultima coisa que ouvi dela foi:
-Minha querida neta, o futuro é colorido, o passado é preto e branco;
ele nos traz lembranças que o tempo apagou e ninguém traz de volta.
Então, querida, viva o amarelo, o azul, verde, rosa.. e quarde a
lembrança de cada dia!
Subindo as escadas para casa, devagarzinho
pensei.. - que cada lembrança que guardamos construimos uma longa
história sobre a vida que ninguém apaga.
que lindo Aila ei vem um dis aqui na escola a tarde para eu matar minha saudade
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